Mesmo com tantos motivos...

"...Pra deixar tudo como está.
Não desistir nem tantar, agora tanto faz,
Estamos indo, de volta pra casa

Mas nada vai conseguir mudar o que ficou..."

Pequenas coisas certamente transformam mais que grandes gestos.
Quando se pensa em mudança é impossivel não pensar em adversidade, dificuldade, adaptação e mais que tudo jogo de cintura. O que a gente não pensa é que a gente não tá no centro das coisas e sim q a gente tbm é uma das coisas.

Morar com pessoas que eu nunca tinha visto antes, intimidade nenhuma, afinidade nenhuma e manias mil só pode nos parecer como a porta aberta para o inferno na terra.
Mas de todas as intimidades, de todas as vivências, afinidades e manias as mais difícies de lidar e as mais surpreendentes são as nossas próprias. E isso só se vê quando a gente começa a se descobrir no outro, até talvez neste outro "eu" que a gente mesmo tinha contruido como sólido e concreto.

E quando a gente consegue se ver através, e deixar de pensar a partir de si e sim como parte de algo... bah, como é legal.
Eu vou sentir muita falta das pessoas da casa, não consigo imaginar uma casa sem barulho:
- sem o Tonito arrastando a chinela e sempre com uma dúvida existencial maior q a outra.
- sem a tranquilidade do pedro, mesmo quando ele cutuca, bate, derruba coisas, ou discute política.
- sem a risada e a companhia da Ana, e a nossa sincronia na organização da nossa desorden.
- Sem a figura do Gustavo e seu ar sério, seus assobios eruditos e várias pérolas pelo ar.
- sem cantoria, sem muvuca e sem muita bagunça. Saudade das madrugadas de conversa fingindo estudar. Saudade do banho de sol no parque, de estender as cuecas e meias alheias, de dar pitaco nas cuecas e meias alheias, de compartir roupas, maquiagem, comida, choros, colos. De ser coletivo, e não somente eu.

Tchau Madrid!!!!!

proxima parada...
Paris
Amsterdam
Berlim
Praga
Viena
Budapeste
Londres
Edinburgo
Bruxelas
e....Brasil!!!!!!!!!!!